Amor Fati

a▪mor (ô) sm. 1. Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem. 2. Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro, ou a uma coisa. 3. Inclinação ditada por laços de família. 4. Inclinação sexual forte por outra pessoa. 5. Afeição, amizade, simpatia. 6. O objeto do amor (1 a 5).

   Durante toda a história das civilizações - e por que não desde antes mesmo dela?! - o homem vem buscando explicações, definições que exprimam em gestos o que a palavra insiste em (vão) confundir.
   E em respeito ao leitor, venho expressar aqui o mais íntimo desse sentimento que aflora mais cedo ou mais tarde todos nós, de modo a torná-lo deglutível o suficiente para se enquadrar nesse contexto melancólico no qual bóiam as minhas palavras: o meu amor.
   Porque sim, ele existe. E regozijo-me diante desse fato! Pois creio que ninguém possa viver tranquilamente sem o incômodo de amar alguém, de desejar algo que não seja de sua própria natureza e que tenha vontade própria, uma essência que compartilha em natureza o impulso de se completar no outro, afim de responder algumas dúvidas que carregamos desde a infância nas quais nossos pais não podem se encaixar.



" Ela faz cinema
  Ela faz cinema
  Ela é a tal
  Sei que ela pode ser mil
  Mas não existe outra igual "

- Chico Buarque





   Acredito que todos os românticos enxerguem suas musas como seres dignos de infindável admiração, e como bom romântico que sou, comigo não é diferente. Definitivamente.
   Talvez para alguns, isso possa desvalorizar a origem e a maneira como surgiram todos os devaneios e impulsos de escrever, mas não para mim. Creio que o amor de cada pessoa é ímpar em forma e conteúdo, já que mesmo querendo que meu coração se infle ao máximo em todas as ocasiões, não posso deixar de admirar tantos amores que já se demonstraram mágicos no decorrer de minha vida.

   Enfim, no final de todo este processo, ainda fico com a dúvida que sempre me acompanhou desde que descobri que tenho com alguém uma afinidade que atravessa minhas baixas capacidades sensoriais: é possível amar sem sofrer? Tentar se completar sem perder sua essência?

  Sinceramente?! - não sei.

  Com meus quase vinte anos de experiência em como acabar frustrado e solitário, tenho que admitir que possivelmente eu venha trilhando o caminho errado em direção a minha felicidade no campo afetivo.
  E eu sonho com alguém que está realmente distante de mim, até porque eu nunca consegui me fazer próximo, pois é incrivelmente difícil cruzar o abismo que criei entre a gente.

  Deixo o amargurado leitor agora com uma música que fala bastante sobre esse papo todo sobre amor de uma forma encantadora e profunda, da banda norte-americana Dave Matthews band.
  Degustem: Crash Into Me.


   Mais uma vez agradeço à atenção de cada pessoa que dedica parte de seu tempo lendo tudo que tenho a dizer. Se existe um escritor, é porque existem leitores.

Au Revoir.

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